segunda-feira, 28 de maio de 2012

Quase um conto de fadas...



E foi ali...naquele mundo criado a quatro mãos,
que dois seres se beijaram, magnetizados de desejo e paixão,
Entrelaçaram seus corpos ...
E naquele momento, a mágica se fez...
Não eram luas, nem estrelas, tampouco eram fadas ou duendes,
Eram dois olhares colados um no outro 
e o que puderam ver naquele momento... Indescritível se fez...
Havia naqueles dois corpos algo magico.
Uma magia que nada, nos contos de fadas será capaz de explicar...Ou contar!
E aconteceu...
Uma viagem  para dentro de cada um,
 como se os olhares pudessem penetrar a alma!
E só o que se viu foi amor...
Almas compenetradas e apaixonadas...
De repente o desejo, e a paixão, diminutos se fizeram
Diante da grandiosidade do coração!

Sandra Botelho



quinta-feira, 24 de maio de 2012

Seu beijo



Ah! Seus lábios! Como são doces seus lábios
Macios como fruta madura...
Suculentos, como o gosto do caldo doce da fruta que mordo...
Como é bom dar-te pequenas mordidinhas ao redor da boca,
E sentir que te afastas por medo de doer,
Fique tranquilo amor, mordidinha de amor só enlouquece...
Como é bom quando me beijas meu amor...
Sinto um arrepio morno no corpo todo.
Um beijo que bebe a alma!
Degusta o meu mel e me leva ao céu...
 Como é gostosa essa sua boca!
Que alem de me entorpecer, me deixa louca!

Sandra Botelho

                                                                                       Musica para este texto
                                                             .http://www.youtube.com/watch?v=WN4bYkbniVg

domingo, 20 de maio de 2012

Decepção,,,



E ela partiu ,com as malas arrastadas e cheias de magoas
pesando a alma daquela menina apaixonada...
A cada passo a mala velha deixava no caminho uma peça
e a mala-alma se esvaziava...mas a menina não sentia...
Tamanha a pressa que seu coração corria...
Enquanto  na estrada da solidão, 
seus pés iam marcando o caminho...
E em cada curva iam ficando mais e mais peças de dor...
Não calçava sapatos , pois o tempo havia endurecido seus passos...
 Ela não desistia, pois via no horizonte o seu grande amor.
E quanto mais esse amor se aproximava, mais leve sua mala alma ficava.
Até que todas as peças ficaram no caminho
e por enfrentar chuva e sol, e tempestades e dias insólitos...
A roupa que cobria seu corpo, se fez trapos e a menina prosseguiu nua e
cheia de esperança...ja não havia mais dores, 
e na nudez da alma somente o amor como veste...
De braços e coração abertos ela se entregou ao amor tão esperado e tão almejado...
Foram sorrisos como vestidos ...
Sonhos que lhe calçaram os pés..
E um dia tudo se transformou...Vestiu-se de magoas, calçou-se de dor...
E novamente lá vem a menina com a mala alma na mão...arrastando-a 
e dessa vez o peso só faz aumentar...
E ela encurvada e triste não consegue mais se livrar... Pelo caminho nenhuma peça de dor...
Todas na mala alma pesando a vida...
Somente o sol escaldante...
Por ter sido  apenas mais uma naquela cama...

Sandra Botelho


terça-feira, 15 de maio de 2012

Reticências...


Beije-me quando eu estiver distraida...
Quero seus beijos roubados,
Deixando meus pelos eriçados...
Quero teus carinhos suaves,
deslizando em meu corpo...
Acorda-me com teu sorriso safado!
me olhando com olhos famintos.
Deite-se sobre mim, me envolva
e me ame..
sem pudor nessa entrega absoluta.
Sou tua.

Sandra Botelho

domingo, 6 de maio de 2012

Ando aprendendo a me amar...



 Sonhos não se capitulam nem se roteirizam...
Sonhos se realizam ou se perdem, como fragmentos de algo que não foi concretizado
Hoje sou pequenina borboleta voando sobre casulos de sonhos
que nunca rasgaram a pele áspera da razão.
Sou o que jamais deveria ter deixado de ser, menina que vive, que canta, que se somatiza em doces brincadeiras de criança!
E nesta roda maluca que gira e gira e contabiliza horas e minutos e recordações, a menina se perdeu do tempo, do contar das horas...
E se vestiu de poesia e de canções e rimou seus versos tortos e deliciosamente desconexos de metrica de ritmo...
Perdida e desvairada ela simplesmente gargalha do que é reto,  do que é circular, porque
gosta do milimetricamente incorreto.
O que antes lhe roubava lagrimas, hoje a emociona e lhe arranca suspiros...
Suspiros de saudades, mas sem dor, sem magoas...
Abandonou qualquer culpa, plantou em seu peito a veracidade do que é... E assim como se juntasse grãos de mostarda para preencher o mundo, ela está engatinhando rumo a algo maior.
E crescendo por ela, para ela e dentro dela...Por isso a cada amanhecer ela repete:
Bem vinda menina , hoje será um dia feliz...
Me diga o que farei pra que você gargalhe, se debulhe em risadas , até ficar rouca, até chorar de felicidade?
Diz menina...
E assim com seus olhos sobre si mesma, viaja por cada pequeno traço, cada pequena curva de seu rosto e corpo e gosta do que vê ... Nesta viagem lenta e reflexiva, a menina aprende que jamais o amor que a rodeia vai ser maior que o amor que ela tem que aprender a ter por si mesma
E nesses momentos, nesses dias que são entregues a ela como presente, porque a vida é um presente...
Ela aprende a desembrulha-lo delicadamente, tirando as fitas que a aprisionam e libertando-se num doce e delicado acorde de renascimento
E a menina é feliz...Ela se faz feliz!



Sandra Botelho

terça-feira, 1 de maio de 2012

Hoje sou um universo inabalável de possibilidades...


Foram-se passados os passos deteriorados de um sentimento vão...
Mergulhei minha alma em profunda escuridão, fiz do dia noite e dos sonhos trevas!
Nada era grande o suficiente pra desenterrar a esperança...
E das lagrimas apenas flutuava na face a dor de ser tristeza.
Quando um dia embriagada em inerte  insipidez, a alma se fez voo!
Fiz minha morada bem distante, ouvi o sonho como paz...
E de repente da lagrima caída fiz cachoeira e naveguei rumo ao infinito...
Fiz canções, compus melodias, criei fantasias, delirantes fantasias!
Mas ao acordar, me obriguei ao riso, dancei a vida e atirei fora de meu peito a dor.
Hoje sou paz, felicidade, hoje sufoca-me a gargalhada, e
é encantador  o brilho que reflete minha alma...
Novamente meu corpo vibra a cada suspiro de vida, a
cada toque de paixão, a cada desejo, a cada sonho;
E dançando sozinha eu me sinto plenamente acompanhada...
Derramo sobre mim, toda minha felicidade, e em cada fragmento de força
que ainda tenho em mim,
está a dura ,porem inigualável e deliciosa missão de me tornar feliz.
Inebriada de paz, hoje eu não sou mais um rio de sonhos...
Nem um mar de ilusões,,,
Sou cachoeira de emoções...
 Um universo inabalável de possibilidades
Um vento que leva longe o perfume de meu riso desvairado e insano...
E sufoca as dores e cura a tristeza...e com seu aroma suave, me faz ser novamente
aquela, menina, aquela mulher...Que um dia a vida quis fantasiar de dor!
Mas Eu não permiti!

Sandra Botelho

Por Todos Os Mundos

                                                                                 Foto: Miguel Hijjar É  com a sonoridade da vida que eu...