sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sou...

Sou o longo sono de um dopado, o sorriso viajante de um drogado sou a beira do abismo o riso escancarado do cinismo
Sou o decente e o prudente a que diz a verdade e o que mente eu sou o pequeno e o grande mal sou parte do que é real Sou o cuspir na cara da vida urros de dor na despedida me quebro em mil pedaços mas aos poucos me refaço
Sou a rotina enfadonha de uma mulher que ainda sonha sou a solidão desenhada em lagrimas mas sou a gargalhada desvairada Sou nada diante de tudo Sou o grito surdo e mudo A nudez plenamente vestida o discursar em canção pela vida Sou a pureza e a inocencia o despudor e a indecencia sou candura e a inconsequencia Um grito de amor com elouquencia Sou aquela que se descreve de forma clara sou gente de ideia rara mas me escondo na escrita para que não decifre minha vida Sou a sombra e a claridade o sangrar de vez enquando o ressurgir da noite o dia a menina mulher que fantasia Sandra Botelho!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mágoas

Adeus...
Cansei de ser sua mentira.
De ser a brincadeira do menino mimado
Cansei de seu querer limitado.
De ser prisioneira do seu querer,
Estou me desvencilhando de você.
Deixando na areia minhas pegadas sutis,
Largando para trás o sonho que eu sempre quis.
O amor que eu sempre desejei
Mas que nunca soube me fazer feliz
Cansei de sonhar com alguém que brinca de amar.
Que não quer crescer, pra ver nosso amor florescer!
Nestas idas e vindas amadureci,
e agora de ti vou me despedir...
Deixá-lo livre como um pássaro feliz
Que vai em busca do que sempre quis.
Amores passageiros e levianos,
que não duram nem dias nem anos...
Que iniciam ao anoitecer e terminam ao amanhecer...
Adeus ...Me despeço agora , bem nesta hora.
Não te desejo felicidade, isso seria falsidade.
Quero que ames alguem, que te faça infeliz tambem.
Que brinque com seus sentimentos e ria de seus lamentos,
Que faça sangrar seu coração e deboche de sua paixão.
Quero que ao acordar magoado se lembre de mim,
E que chore sozinho ao saber que ninguem
jamais, o amará tanto assim.
Sandra Botelho!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Entrelinhas

Ela vai e vem, Levemente flutua ao sopro de uma mínima brisa, Se levanta por vezes e desfia a teia,
Se embaraça se enleia ... E persiste em ir adiante levada pela mão firme de sua guia, E com sua voltas e mergulhos ela faz formas, desenhada em traços de paisagens mimosas e raras, pequenas e firmes. Em cores diversas ela se colore, Em mãos doces ela é serenidade, em mãos ásperas e confiantes ela é paisagem. Não se incomoda da falta de liberdade , gosta que a levem, por caminhos ténues e macios ! Se faz muralha firme para cobertura do corpo. Se desfaz pequenina em flores e mimos. Se desfia , se enfia, se desenrola e se enrola. Mas nestas muitas voltas ela decora. É fina e delicada , mas pode ser grossa e forte. Forma , disforma, torcida e retorcida, Nessa dança levada por outras mãos ela se conforma e se forma, Se forma... Em flores , em céu em desenhos vários ela segue... E quando chega o fim ela se rompe e dorme, enrolada em algum canto, esperando que alguma mão a venha levar de volta a suavidade do tecer. E a linha encosta, em algum cesto em alguma gaveta... Sandra Botelho!

sábado, 24 de abril de 2010

Ultimas lágrimas

Alguém está calada demais, pensativa demais, soturna demais. Acabou de assassinar um amor, matar. Não usou armas, não envenenou, não houve sangue, nem dor física. Apenas a morte. E ela foge, pois tem medo de ser aprisionada de novo, quer partir para bem longe, mudar de identidade, de vida de rosto. A morte de um amor que parecia eterno, mas que foi largado a um canto, cansado de solidão, de platonismo, de rejeição e de dor. Envelheceu, embolorou, empoeirou-se no desuso. Um amor que parecia maior que o próprio universo, infinito como as estrelas e inabalável como a rocha.Um amor que chegou como o mar, suave sereno, forte e majestoso. Um amor que foi fundado em bases solidas e jurado em todos os cantos da vida. Ela se calou, se penalizou e vitimou-se por anos e anos e anos... Culpar a quem? A vida...? Ah malvada vida, que tanto me faz sofrer, porque escolheste a mim? Porque tenho que sofrer sem nem ao menos ter socorro . Fuga? Medo? Comodismo? Ela se culpa, se acovardou e guardou suas armas dentro de um baú cheio de sorrisos de dor. Ela sorri, de si mesma, pela sua carência, ela se resignou as suas fantasias de um amor irreal... Matou, e a dor do funeral a perfura em laminas cortantes... E ela chora na solidão da janela. Vendo a vida se esvair como o amor que ela cultivou e não foi regado...Morreu como planta. Floriu sim, e deu frutos...Mas a velha árvore cansada e ressecada, se dobrou a falta de cuidados. Hoje um amor se faz dor... Hoje uma dor se faz lágrimas...As ultimas lágrimas de um olhar que um dia por este mesmo amor brilhou, com um brilho tão intenso que ofuscava os outros amores, os outros olhares, as outras vidas. Nunca vai pagar por seu crime...Sairá impune? Ela chora sozinha...pensa e chora... Mas serão as ultimas lágrimas... Sandra Botelho

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Abstrato

Me confundo com seus sentimentos... E entre desilusões e ressentimentos, Vou me perdendo em seus temores O poeta que tem tantos amores... Mas se amar é entrega e doação, Eu vivo sem cobranças essa paixão! Paixão que um dia acontecerá, E quem sabe , quando terminará? Se um dia ela aportar em seu coração. Que seja imensa e sem razão, Que seja limpida e transparente, Pra poder fazer feliz agente. Não oculta em meias palavras, Mas derramada em carinhos e desejos. Cantada em palcos e tabernas, E vivida como se fosse eterna! Sandra Botelho!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ruptura

Entregue a este tormento, Me fiz refem de teus lamentos... Não sabes dividir afeto, nem ternura. Se trancas em odiosas aventuras. Não és verdade, és noite escura! Onde o luar não se aventura... Se esconde em nuvens de loucura, E deixas rastros de censura. Não sabes dividir um beijo, Nunca desenhas seu desejo. É você o ser da noite! Que me trás da dor açoites. Sei que pra ti sou somente vaidade... Sem seu amor sou sua inverdade. Mentiras infames com desprezo. Mesmo sabendo do meu desejo. Cativas e foge como covarde... Não ficas porque ó mero infame? Mesmo que por teu amor eu clame, Sei que teu medo tua mente invade. Mas me calarei ao teu desamor. Não serei mais o teu troféu, Não beberás mais do meu amor o mel. Não me curvarei mais a tua dor. E nessas alguras de solidão... Nunca mais perseguiras meu coração. Pois de ti me distanciarei. E seu nome em meus labios, Para sempre silenciarei. Sandra Botelho!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Meu coração

Meu coração é como um imenso compartimento cheio de minúsculas gavetas. cada uma dessas gavetinhas possui um pequeno cadeado. Todos os cadeados tem suas combinações. Cada uma delas guarda um pouco de mim.Nelas eu guardo: Minhas alegrias, minhas dores, minhas ilusões, meus sonhos, minhas decepções, pequenas mágoas, (se é que existem pequenas mágoas, já que toda mágoa causa dor...seja ela pequena ou grande.) meus amores fácilmente esquecidos, e os inesqueciveis. Mas o mais incrível,é que se você olhar bem de perto verá que algumas dessas gavetinhas encontram-se completamente vedadas, diria até soldadas, absolutamente trancadas. Nelas eu guardo, todos os sentimentos ruins, atitudes medíocres, covardes, despreziveis, de que já fui vitima. Mas também se olhar com carinho algumas estão bem abertas, escancaradas... Nestas eu guardo ou melhor exponho, para mim mesma, Meus erros, minhas falhas, meus medos, As vezes que magoei, que feri, que entristeci, que causei dor a alguém. Elas ficam expostas para que eu nunca me esqueça do que fiz, e principalmente para que não faça novamente. Enfim é só um coração Quanto às combinações, são fáceis de ser descobertas, basta me conhecer e será fácil decifrá-las, pois elas são: Minhas lembranças, Minha história, Minha vida, Meus temores, minhas batalhas, Meu Eu.
Sandra Botelho Meus queridos estou ainda sem internet devido a mudança, mas prometo voltar em breve e dar a merecida atenção e o merecido carinho a todos vocês que estão me visitando mesmo sem retorno. Esses sim são os verdadeiros amigos. Bjos achocolatados em seus corações.

domingo, 11 de abril de 2010

Mutação

Estou nas asas do incerto, Vou mergulhar nesse deserto, E revelarei meu maior segredo! Vou dar á vida um novo enredo. Vou me despir de tudo, Bagunçar todas as minhas gavetas, E deixar portas abertas, Não vou mais crer em coisas certas. Vou destrancar todas as celas, Vou rabiscar todas as telas. Poluir meu corpo e coração, E invalidar a voz da razão. E nesse torpor em que me encontro, Não vou me prender em nenhum ponto. Sem amarras nem cadeias , serei amante. Pecado, santidade ou simplesmente serei errante... Sandra Botelho

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O verdadeiro amor

O verdadeiro amor ama sem maldade,
Não vê defeitos nem disparidade. O verdadeiro amor ama intensamente! Corpo, alma, coração e mente... *** O verdadeiro amor é cego. Não alimenta o próprio ego. O verdadeiro amor se entrega, Nada ao amor se nega. O verdadeiro amor é isso assim... É amar sem medo do fim, É submissão plena e total. É não se conformar com o mal! O verdadeiro amor é amar sem medidas. Mesmo nas idas e vindas... O verdadeiro amor é querer se fundir, E de coração e alma se unir. O verdadeiro amor nunca duvida , Não mente não criaointriga, O verdadeiro amor deseja! Um ao outro sempre almeja. O verdadeiro amor é claridade, Nunca decepção e inverdade. O verdadeiro amor é companheiro. É um entregar-se por inteiro. Sandra Botelho!

domingo, 4 de abril de 2010

Menina Rosa

A noite cai em doces lampejos,
A lua clareia seus todos desejos.
Na esquina da rua existe uma moça...
que espera de pé alguém que lhe ouça.
Da minha janela vejo teus modos,
Um jeito sem modos de ser feminina,
Uma mulher , apenas menina!
Na boca o vermelho é sangue carmim,
vez por outra ela olha pra mim.
Os olhos não tem alegria.
e para a vida ela nunca sorria...
No rosto marcas de uma idade que ainda não tem
Face nunca acariciada por ninguém.
Vez por outra ela exibe as pernas,
em atitudes que são etéreas.
Não sonha mais em ser alguém.
Se acostumou a ser ninguém.
Vende o que pode vender,
E agradece por seu corpo a ela pertencer.
Na noite fria e chuvosa,
Está na esquina a menina rosa.
Eu a chamo assim, por estar sempre vestida
de rosa,
Vestida de forma glamurosa.
A menina está lá todas as noites,
mesmo que a chuva e o frio lhe sirvam de açoites.
Seus passos não conhecem outro caminho...
Ela não tem um lar como ninho.
Não tem para onde voltar,
nenhum abraço para lhe abraçar!
Nenhum carinho para receber,
por isso vende o que nunca pode ter.
Sandra Botelho!

sábado, 3 de abril de 2010

Amor amigo

Perdoa-me se não o amo como queria, Perdoa-me se em meus olhos não te vês. Se te carrego em meu coração como uma canção... Se minhas caricias a ti são pura emoção! *** Perdoa-me se não respondo e me calo. Se meu silencio te machuca... Me calo para não lhe ferir, Sei que não quer me ouvir! *** Não sofra, o amor que tenho a ti, é o maior que carrego em mim. Amo-te com um amor eterno, Um sentimento puro e fraterno! *** Desculpa se não me fiz entender, Queria apenas o meu carinho lhe dar. Quando disse lhe amar... Não menti posso jurar! *** Mas não o amor que de mim queres, Não o amor comum das mulheres. Mas um amor do tamanho do mundo, Um amor imenso e profundo! *** Estarei sempre aqui para quando voltar, Para lhe dar meu carinho e para lhe amar! Lhe amar de um jeito amigo e profundo. Lhe amar com o maior amor do mundo. *** Sandra Botelho!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Primícias de amor

Andavas em murmúrios pelo jardim,
Tão indefinidamente chamavas por mim...
Calaste o som do vento em murmúrio gritante!
e agora choras em dor angustiante...
Apegas-te a minúcias, dissimuladas dores! Oh! moça bonita, que chora em vão seus amores; Onde escondias tão doce e iluminada beleza? Em águas profundas em jardins ou entre a realeza? Envolvendo -te o vento convida-te a dança, E tu, menina feliz aceita o convite e avança. Na célere valsa que o vento balança, Matas de inveja as flores que o olhar te lança! Suas sinuosas pernas a desenhar cada passo... Faz de teu corpo ,dos meus olhos laço! Não fujas de mim menina que chora... Deixa secar teu choro em meus lábios agora? Estou louco de amores por ti minha menina! E de tanto desejo te olhar é minha sina. Não me olhes assim suave e delicada flor! Somente se encante e não chores mais por amor. Se gritavas por mim, por que não me queres? Se teu choro era eu, por mim não mais chores! Quero te agora doce menina, suave mulher! Não vá me dizer, que não mais me quer... E a menina olhando-0 com ares de dor! Responde sorrindo ao seu grande amor! Já não choro por ti meu grande guerreiro! Dos meus sorrisos tu és cativeiro. Choro por que estás agora enleado, em ténue teia de um apaixonado! E nossos corações em uma só alma, Estão eternamente encarcerados. ...Choro de pura felicidade! Sandra Botelho!

Um raio de sol

Ela veio com garras afiadas. Asas negras tentando me abraçar  Tinha olhos de noites escuras Um corpo feito de lágrimas, Sua voz era um sussu...